quinta-feira, 4 de março de 2010

TRISTE SALVADOR















(Foto de Ubirajara Azevedo_Correio_4/3/2010)

A foto mostra uma realidade que me choca bastante. Todos os dias vejo muitas pessoas morando nas ruas e tento imaginar o sofrimento delas.


Numa análise da foto, percebemos que não é só a mulher que está sendo despejada, observem a expressão do cachorro. Será que ele tambem vai para algum abrigo ou será mais um animal a perambular pelas ruas da cidade?

quarta-feira, 3 de março de 2010

O Retorno

Aqui estou depois de um longo tempo de afastamento. Porém a intenção é a mesma: defesa de um jornalismo claro e objetivo, fundamentado nos fatos verídicos.
O título do blog permanece o mesmo, pois sempre serei jornalista.
Os tempos são outros é verdade. A faculdade já foi concluída, o local de trabalho é outro: assessoria e os fatos são novos.
Vamos em frente!
Em breve novos posts com diferentes assuntos.
Estou me organizado para o retorno.

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Bate papo sobre sexo na adolescência

As dúvidas sobre como deve ser abordada a sexualidade na adolescência estão presentes nos lares brasileiros. Pais e mães despreparados ficam sem saber como conversar sobre sexo com seus filhos. Uma pesquisa realizada em São Paulo afirma que hoje os jovens estão muito bem informados sobre sexo. Mas como os jovens costumam dizer, "meus pais nunca conversaram sobre sexo comigo". O que sabem aprendem com suas experiências, com amigos, na escola.
A assistente social, Eliziane Rosa diz que a maior dificuldade que impede este diálogo é o preparo dos pais em querer e saber ouvir o que os adolescentes tem a dizer. Em entrevista, Eliziane, que é também especialista em sexualidade, esclarece alguns pontos sobre o início da vida sexual dos jovens.

Taciana Teles - Quais as mudanças no comportamento dos jovens quando começam a namorar? Como os pais devem agir em relação a vida sexual dos filhos?

Eliziane Rosa - A mudança acontece quando o adolescente começa a se interessar pelo sexo oposto. Por volta de 9 ou 11 anos se percebe um "apaixonamento infantil", que em alguns casos chegam ao conhecimento dos pais, a exemplo daquela coleguinha bonitinha ou o namoradinho da escola. Essa é a idade da aproximação e do contato que resulta no interesse pelo namoro. Esta fase é muito importante para que o diálogo seja uma prática presente na relação entre pais e filhos, pois as futuras relações sexuais são consequências desta época inicial. As mudanças de comportamento são graduais: criança, pré-adolescente e adolescente. Existe uma ordem natural e os pais devem acompanhar essas mudanças para que tenham conhecimento sobre seus filhos e possam orientá-los.
TT - De que maneira os pais podem orientar estes adolescentes?
ER - Para criar filho não tem bula. Depende da família, da religião, da abertura dos pais. Cada grupo orienta de um jeito. Mas, se houver diálogo, as perguntas devem ser construtivas e não invasivas. Está tendo relação? Foi ao médico? Usa preservativo? Como é isso pra você? Quais os seus medos? As perguntas devem ter o objetivo de orientar e não precisa entrar em detalhes. Toda pessoa deve ter a sexualidade explicada e entendida, pelo menos para si. Saber ouvir é fundamental e isso deve começar desde cedo.
TT- Qual o recurso a ser utilizado pelos pais se não existe diálogo?
ER- Se os pais não sabem conversar, não querem ouvir ou se os adolescentes não querem falar, o mais indicado é procurar um profissional.
TT- Como é o sexo na adolescência?
ER- É o melhor sexo. Desde que seja seguro e com responsabilidade. Não existe obrigatoriedade de ter que viver pro resto da vida com aquela pessoa. Para alguns adolescentes essa essa fase pode ser a pior, pois acreditam que o parceiro é o amor da sua vida e quando sofrem uma decepção amorosa, podem até entrar em depressão. Por isso é importante o acompanhamento e a orientação dos pais.
TT- A homosexualidade pode ser determinada na adolescência?
ER- Não. Para o indivíduo ser homosexual ele deve ter tido várias relações com pessoas do mesmo sexo e que tenha decidido que será sempre assim, ou seja, que não irá se relacionar com indivíduos do sexo oposto. Para o adolescente que teve uma relação sexual, ou melhor, uma experiência sexual deste tipo, não significa que ele seja homosexual. Para ser homosexual, deve haver uma opção que será levada até a maturidade.

Cinema = download e dvd


O cinema surgiu no Brasil em 8/7/1896 no Rio de Janeiro e data de 1898 a exibição do primeiro filme brasileiro de Afonso Segreto, "Fortaleza e Navios de Guerra na Baía da Guanabara", cenas da baía de Guanabara. O baiano Glauber Rocha é considerado o grande nome do cinema brasileiro.
Ir ao cinema. Assisti a um filme e comprar pipoca. Quanto fascínio o cinema já provocou. É. Isso mesmo. Já provocou. Hoje, quantos não vão mais ao cinema? Quantos nem sequer já foram a uma sala de exibição? O crítico de cinema, André Setaro acredita que o cinema como casa de espetáculo acessível a qualquer pessoa na existe mais. “O cinema morreu para a maior parte da população brasileira que não pode freqüentá-lo por causa do preço de seu ingresso estratosférico: em média R$ 16 a inteira”, afirma Setaro.
Concordo. A população não tem condições de freqüentar cinemas. Esta diversão não está na pauta de seus passeios. É caro. É bastante caro, principalmente, se falarmos sobre as demais possibilidades que existem para assistir aos filmes inéditos tão propagandeados pelos donos das salas de exibição. Refiro-me aqui, as possibilidades encontradas pelas pessoas que não tem ou, tem pouco, dinheiro para se divertir. Falo da pirataria dos DVD’s e dos downloads (filmes baixados pela internet). Opções mais acessíveis do que ir ao cinema, propriamente dito, e que preencheram o vazio dos “sem cinema”. Alguns até preferem o conforto dos seus lares às salas de exibição. Boa imagem, pipoca, refrigerante, cerveja e pause – recurso extra para quem assiste filmes em casa.
Um forte e recente exemplo brasileiro é o filme "Tropa de Elite", dirigido por José Padilha. Antes mesmo de ser exibido ns telonas do cinema, já havia sid,o visto por uma grande parcela da população.
Não faço apologia à pirataria. Defendo o direito do cidadão de ir ao cinema, ou de, simplesmente, ver os filmes. Então, aos ricos empresários, registro o meu apelo: reduzam os valores dos ingressos para que o espetáculo cinematográfico não seja destruído pelo capitalismo.

Glauber Rocha nasceu em Vitória da Conquista, na Bahia, em 1939. Iniciou sua carreira em Salvador como crítico de cinema e documentarista. Realizou filmes como O Pátio(1959), Deus e o diabo na terra do sol(1964), Terra em transe(1967), dentre outros. Nesses filmes predomina uma linguagem nacional e de caráter popular, que se distingue do cinema americano, presente em seus últimos filmes, como Cabeças cortadas(1970), filmado na Espanha, e A idade da Terra(1980). (http://www.webcine.com.br/historia5.htm)
“Os sem cinema” – artigo de André Setaro

Seminário sobre informação e tecnologia


O Centro de Excelência da Informação – CEI, projeto que marca a parceria do jornal A Tarde com as Faculdade Jorge Amado (FJA), foi lançado com o seminário “O Consumo da Informação e as Novas Tecnologias” na noite de terça, dia 21, no auditório Zélia Gattai, localizado nas FJA, na Avenida Paralela. O presidente mantenedor das FJA, José Eugênio Barreto e o diretor executivo de A Tarde, Sylvio Simões estiveram presentes na abertura do projeto. Eles falaram sobre a parceria que tem como objetivo promover o debate na área da informação e da tecnologia e ampliar as discussões sobre as mudanças no paradigma atual. “Parece que o mundo caminha bem mais rápido que a gente”, disse Simões.
Entre os palestrantes convidados, o professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Alex Primo ministrou a palestra Interação Mediada por Computador, na qual ele falou sobre os conceitos e benefícios dos blog’s, assim como as discussões que a blogosfera provoca entre os veículos de comunicação. Para ele o blog não é um espaço secreto, embora possa ser pessoal que está para todos verem e afirma, “É mais que um processo de comunicação, o blog é um espaço de comunicação”. Alex finaliza sua apresentação com um questionamento: “Afinal o que são blog’s? O que eles podem fazer pelo jornalismo?
A relação entre consumidor e direitos autorais foi tema da palestra O Autor Coletivo e os Direitos Autorais realizada pelo professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e especialista em direito autoral Antonio Cabral. Segundo Cabral, as pessoas não são mais passivas e têm um maior acesso ao conhecimento. “A relação entre o público e a informação está mais democrática o que configura, para o jornalismo, o status de cidadão”, afirmou, além de alertar para a questão do direito autoral, no qual nada pode ser copiado, salvo algumas exceções.
Marcos Palacios, doutor em sociologia e professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), ministrou a última palestra sobre Multivocalidade, Participação e Jornalismo na Web. Palacios acredita que a digitalização lembra o polo de transmissão e que a produção depende de um canal para disponibilização. Ele explica a multiplicação de vozes oferecida pelos blog’s. “Esta visibilidade toda é pela facilidade das ferramentas. É fácil criar um blog” e defende que a conversação pode ser feita por outros experimentos.
A palestra e o debate foram mediados pelo professor de comunicação e pesquisador, Messias Bandeira e contou com a participação de professores e alunos da Jorge Amado e de outras instituíções. As inscrições foram gratuitas e realizadas através do site www.ceiatarde.com.br.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

CRESCIMENTO DE JOVENS RELIGIOSOS

A devoção religiosa dos jovens brasileiros vem crescendo nos últimos anos. O índice crescente de jovens que se dedicam às religiões é assunto de estudos e pesquisas que demonstram o envolvimento da juventude nas questões religiosas e que também existe um aumento dos grupos de jovens organizados que defendem e disseminam as religiões. A identificação com os dogmas religiosos, a vocação, a influência da família, a fuga dos problemas e a busca por soluções divinas determinam as escolhas religiosas.
O crescimento das instituíções religiosas e as variadas doutrinas são fatores que influenciam a mudança no comportamento religioso da sociedade. A religião Católica antes era inserida como disciplina nas escolas e isso predeterminava a opção religiosa. Hoje, as instituíções educacionais, com exceção das pertencentes a Igreja Católica, não possuem mais a disciplina denominada de Religião. Para a psicopedagoga Isa Carvalho a revolução política e o processo histórico modificaram a questão do ensino religioso. "A forma como a religião é tratada nos dias atuais é completamente diferente. Hoje se trabalha valores, cidadania e ética que são de extrema importância para a formação dos jovens", afirma Isa.
O novo panorama social religioso permite, ainda com preconceitos, a disseminação de outros dogmas, diferentes das aplicadas no início da colonização. Atualmente os terreiros de Candomblé, por exemplo, não precisam mais se esconder. Os jovens que seguem essa religião dedicam-se ao estudo dos princípios do "axé", aprendem os costumes e também tornam-se disseminadores desta doutrina.
A ruptura de alguns valores antigos e tradicionais proporciona outras formas de pensar e sentir. As escolhas religiosas demonstram que existe espaço para vários tipos de crença e que o respeito é fundamental para uma convivência sadia. Os jovens estão assumindo posições importantes, não só na religião, mas na política, no mercado de trabalho, mais do que isso, estão ajudando a modificar o comportamento social.
A religião, antes imposta, hoje pode ser escolhida.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Novos tempos - Tecnologia, Cultura livre e Jornalismo


Viver e adaptar-se. Acredito nesse lema, pois os processos comunicativos tornaram-se uma verdadeira teia de adaptação. A tecnologia modifica as maneiras de fazer jornalismo e torna a cultura livre.
Para André Lemos, a cibercultura compreende as relações entre tecnologias informacionais de comunicação e informação e a cultura, ou seja, é uma nova forma de relação entre tecnologias e sociabilidade, característica da cultura contemporânea. Lemos acredita que as novas tecnologias de informação e comunicação alteram os processos de comunicação, de produção, de criação e de circulação de bens e serviços no século XXI, gera uma nova configuração cultural que denomina de ciber-cultura-remix, tendo como re-mixagem o conjunto de práticas sociais e comunicacionais de combinações, colagens, cup-up de informação a partir das tecnologias digitais.
O poder que a internet adquiriu, desde a liberação do pólo de emissão, conexão em rede e reconfiguração de formatos midiáticos – fatores determinantes – configurou de um novo panorama de comunicação. Hoje a facilidade para divulgar e/ou disseminar uma informação ultrapassa todas as barreiras, sejam elas, de tempo; de espaço; de permissão, enfim, não existem mais barreiras.
“O lema da cibercultura é ‘a informação quer ser livre’. Não há mais autor, original ou obra, apenas processos abertos, coletivos e livres.” (Lemos, 2005)
Então, agora tudo é free? Não existem mais regras e todo mundo pode tudo? O nome agora é reconfiguração e, não mais substituição? Mas tudo está sendo substituído, recriado, recombinado. Não importa a denominação. Os tempos são outros, novos tempos.
A “ciber-cultura-remix” configura, para Lemos, uma cultura de participação e, essa participação se dá pelo uso e livre circulação de obras. Sendo assim, continua o autor, o ciberespaço permite uma liberação do pólo da emissão, onde cada um pode colocar suas idéias, opiniões e informações sem passar por um centro editor como no caso dos mass medias. É nessa situação que se encontra o jornalismo digital. Qualquer pessoa pode inserir conteúdo informativo, com direcionamentos individuais que visam atingir a opinião do público e quem sabe até, formá-la.
Onde estão os limites para este novo jornalismo? Não estão em lugar algum porque, simplesmente, não existem. Sabe o que encontrei? A cibercultura que, segundo André Lemos, tem criado a “citizen media”, ou “mídia do cidadão”, onde cada usuário é estimulado a produzir, distribuir e reciclar conteúdos digitais, que vão desde textos literários, passando por filmes, às matérias jornalísticas.
É ou não substituição? E até quando?
“... trata-se de sinergia entre causas tecnológicas e efeitos sociais, entre causas sociais e efeitos tecnológicos. Esse parece ser um caminho irreversível na atual cibercultura.” (Lemos, 2005)
Deste modo, tento, com muito esforço e indignação, me adaptar a essa realidade. Senão, terei de viver nos velhos tempos, e só. É duro acreditar e defender algo que, há muito, já não é credível e que não faz questão de ser defendido.