sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Ei! Olha o trem.

Depois dos acidentes de avião que deixaram de luto a sociedade brasileira mais um acidente provocou a morte de 11 pessoas, deixando 111 feridos. Desta vez, o choque entre dois trens em Nova Iguaçu, Rio de Janeiro foi o responsável por mais uma tragédia na história brasileira que ainda não está livre da crise do tráfego aéreo.

O que causou o acidente? Será que os controladores do tráfego ferroviário ( se é que existem) são os responsáveis? Ou será que a linha do trem estava molhada? A comunicação entre a estação e os trens falhou? A análise das caixas-pretas dos trens será feita nos Estados Unidos?

Estas questões serão respondidas pela Supervia e pela Central do Brasil.
Aguardem os próximos capítulos .

NÃO FOI A OSTRA. INFORMAÇÃO É PARA INFORMAR


Dor de cabeça, principalmente na nuca, moleza no corpo, febre e vômito. Estes sintomas têm provocado medo na população baiana por causa da incidência de casos de menigite viral. As pessoas assustadas estão procurando o Hospital Couto Maia em busca de atendimento, vacinas e até mesmo de informações sobre a doença. As autoridades e os meios de comunicação da Bahia não estão oferecendo os esclarecimentos devidos a população que, a qualquer sintoma semelhante aos causados pela menigite se deslocam para o hospital que é exclusivo para o atendimento de doenças infectocontagiosas.
O fato é que as notícias sobre menigite só começaram a ser veiculadas após a morte do percussionista da Banda Eva, Fabrício Scaldaferri, 29 anos. A morte do músico foi causada pela doença meningococcemia, doença mais grave que a menigite e que provoca a morte em poucas horas e não pela ingestão de ostras contaminadas, como foi amplamente divulgado pela mídia.
A falta de informações corretas, a divulgação de notícias sem apuração e a omissão de fatos, são fatores determinantes para um comportamento deseperado de pessoas que ainda não sabem sobre o que é a menigite, quais os meios de contaminação, como é feito o tratamento, quais as sequelas da doença, enfim, estão confusas.

Fica registrado o meu apelo: Divulguem informações verídicas, de forma clara e precisa, fornecidas por fontes especializadas para evitar que o Hospital Couto Maia fique sobrecarregado de atendimentos que não estão relacionados a menigite e com isso possa ter estrutura e disponibilidade para fornecer um melhor tratamento aos pacientes que, realmente, estão infectados por doenças infectocotagiosas.


sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Torce que sai sangue




A morte de Eberson Souza, o Pitty, um dos mais procurados traficantes da Bahia, foi manchete principal do mais novo impresso que circula em Salvador. O jornal Bahia Notícias, divulgou uma foto do corpo de Pitty crivado de balas na capa do dia 10. O traficante foi morto numa troca de tiros com a polícia, no dia 4 de agosto, no bairro de Caroba, na cidade de Candeias.


A matéria me fez lembrar do já extinto Jornal da Bahia e de como ficou conhecido "expreme que sai sangue". O antigo Jornal da Bahia, fechou as portas em 1994 e era dirigido por Mário Kertèsz. A construção da notícia sobre a morte de Pitty assume um caráter popularesco, grosseiro e sangrio. A divulgação de três fotos do corpo ensanguentado do criminoso, com os olhos abertos e o punho direito deformado por um disparo, além da linguagem utilizada ao longo do texto, revela o sensacionalismo da matéria assinada por Josalto Alves e Jorge Lindsay.


Acredito no jornalismo comprometido com a veracidade dos fatos, porém não concordo com a intenção de chocar, e, principalmente, de causar sensações de pavor e nojo nos leitores.