sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Cinema = download e dvd


O cinema surgiu no Brasil em 8/7/1896 no Rio de Janeiro e data de 1898 a exibição do primeiro filme brasileiro de Afonso Segreto, "Fortaleza e Navios de Guerra na Baía da Guanabara", cenas da baía de Guanabara. O baiano Glauber Rocha é considerado o grande nome do cinema brasileiro.
Ir ao cinema. Assisti a um filme e comprar pipoca. Quanto fascínio o cinema já provocou. É. Isso mesmo. Já provocou. Hoje, quantos não vão mais ao cinema? Quantos nem sequer já foram a uma sala de exibição? O crítico de cinema, André Setaro acredita que o cinema como casa de espetáculo acessível a qualquer pessoa na existe mais. “O cinema morreu para a maior parte da população brasileira que não pode freqüentá-lo por causa do preço de seu ingresso estratosférico: em média R$ 16 a inteira”, afirma Setaro.
Concordo. A população não tem condições de freqüentar cinemas. Esta diversão não está na pauta de seus passeios. É caro. É bastante caro, principalmente, se falarmos sobre as demais possibilidades que existem para assistir aos filmes inéditos tão propagandeados pelos donos das salas de exibição. Refiro-me aqui, as possibilidades encontradas pelas pessoas que não tem ou, tem pouco, dinheiro para se divertir. Falo da pirataria dos DVD’s e dos downloads (filmes baixados pela internet). Opções mais acessíveis do que ir ao cinema, propriamente dito, e que preencheram o vazio dos “sem cinema”. Alguns até preferem o conforto dos seus lares às salas de exibição. Boa imagem, pipoca, refrigerante, cerveja e pause – recurso extra para quem assiste filmes em casa.
Um forte e recente exemplo brasileiro é o filme "Tropa de Elite", dirigido por José Padilha. Antes mesmo de ser exibido ns telonas do cinema, já havia sid,o visto por uma grande parcela da população.
Não faço apologia à pirataria. Defendo o direito do cidadão de ir ao cinema, ou de, simplesmente, ver os filmes. Então, aos ricos empresários, registro o meu apelo: reduzam os valores dos ingressos para que o espetáculo cinematográfico não seja destruído pelo capitalismo.

Glauber Rocha nasceu em Vitória da Conquista, na Bahia, em 1939. Iniciou sua carreira em Salvador como crítico de cinema e documentarista. Realizou filmes como O Pátio(1959), Deus e o diabo na terra do sol(1964), Terra em transe(1967), dentre outros. Nesses filmes predomina uma linguagem nacional e de caráter popular, que se distingue do cinema americano, presente em seus últimos filmes, como Cabeças cortadas(1970), filmado na Espanha, e A idade da Terra(1980). (http://www.webcine.com.br/historia5.htm)
“Os sem cinema” – artigo de André Setaro

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